quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Cunningham também transita em momentos satisfatórios e ruins. É fato que ele tem tato para explorar o texto que tinha em mãos, criando planos realmente interessantes que atraem a atenção do público. Cunningham chega a ser ousado, com destaque para a primeira perseguição que o Cavaleiro faz a Will. O diretor inverte a câmera, aproxima, distancia e sempre registrando emoções e levando o espectador para dentro da ação. Entretanto, Cunningham se perde com o excesso de obscuridade na parte final do filme, quando muitas ações acontecem no escuro e pouco é visto dos personagens. Por mais que tenha dado para perceber que, durante a projeção, o filme vai ganhando um tom mais pesado, a estética não combinou com o que estava sendo levado desde o início. O diretor ainda homenageia (ou não) Tim Burton com os planos semelhantes ao filme "A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça" nas cenas em que o vilão aparece assustando em seu cavalo ou quando tem pequenos encontros com alguém encapuzado. Até o ambiente parece ser o mesmo do filme de Burton.

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